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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Empresa investe U$ 470 milhões na região do Tapajós

O entorno do rio Tapajós, no Oeste do Pará, é apontado como nova fronteira do ouro no País. Não à toa, a região recebeu duas mil autorizações para a instalação de lavras de garimpo em 2010.
O número alto, contudo, não significa possibilidade de ganhos rápidos aos garimpeiros, como ocorria em Serra Pelada, nos anos 80.
“No Tapajós, a mineração é mais complexa por causa da geologia. Isso exige ajuste tecnológico”, disse o geólogo Mathias Heider, do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM). Segundo ele, tecnologia não é o forte do garimpo e essa deficiência abre espaço para a indústria mineral.
A canadense Eldorado Gold é a primeira a chegar no Tapajós. A mineradora vai explorar Tocantinzinho, uma mina localizada no município de Itaituba, comprada por US$ 120 milhões da Brazauro Resources, no ano passado.
“O investimento na implantação da mina será de US$ 383,5 milhões”, afirmou Lincoln Silva, presidente da Unamgen Mineração e Metalurgia, subsidiária da Eldorado Gold no Brasil. Mas o valor da negociação poderá chegar a US$ 468,7 milhões, adicionando o capital de giro inicial (US$ 20,55 milhões) e o investimento na compensação ambiental do projeto (US$ 64,6 milhões).
“Estamos com o licenciamento ambiental bastante adiantado. Esperamos iniciar a implantação no terceiro trimestre de 2012″, disse Lincoln.
Tocantinzinho é uma mina aberta e isso facilita a meta da Eldorado Gold de produzir, anualmente, 159 mil onças troy de 31,1 gramas. A empresa vai processar 4,4 milhões de toneladas de minério por ano para extrair 1,25 gramas a cada mil quilos de rocha triturada.
A recuperação estimada no processo é de 90,1% do ouro contido por tonelada. Para esse processo de retirada do ouro, US$ 81 milhões serão destinados à infraestrutura, incluindo pavimentação de 100 quilômetros de estrada para escoar a produção.
O abastecimento de energia será feito por meio de rede própria de transmissão com 200 quilômetros, pela qual passarão 25 megawatts necessários para operar a mina nos 11 anos de duração do projeto.
A estimativa é produzir 1,78 milhão de onças entre 2014 e 2025, com custo operacional de US$ 559 a cada 31,1 gramas. A expectativa é vender a onça por US$ 1,25 mil. “Até US$ 1 mil, há viabilidade. Mas US$ 1,5 mil seria ótimo”, diz Silva.
Para Alexandre Rangel, analista da Ernest & Young Terco, o ouro deve sofrer leve queda junto com outras commodities. “Mas acho difícil voltar a um patamar muito abaixo do atual.”
Fonte: Brasil Econômico

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